Fundação Renova

Pesquisadores voltam ao mar para quinta expedição após rompimento da barragem de Fundão

Publicado em: 23/11/2016 Meio Ambiente

A equipe de pesquisadores da UFES, UERJ e FURG realizará coletas nos mesmos pontos amostrais do monitoramento marinho das últimas expedições na foz do rio Doce

Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br

Vitória (23/11/2016) – Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) estão no mar dando sequencia ao monitoramento marinho, e com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) voltam ao mar no dia 05 de dezembro para continuidade do monitoramento dos impactos da pluma de turbidez na foz do rio Doce.

Dessa vez a expedição se dará a bordo do navio de pesquisas Abaeté, contratado pela Fundação Renova, uma instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, localizada em Mariana (MG). Entidade privada, sem fins lucrativos, foi criada para garantir transparência, legitimidade e senso de urgência a um processo complexo e de longo prazo. A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, entre outros), em março de 2016..

Os pesquisadores das três universidades farão coletas nos mesmos pontos de amostragem da última expedição, realizada a bordo do navio do Cepsul/ICMBio, Soloncy Moura, entre 19 e 27 de abril deste ano.

O plano amostral será o mesmo para efeitos de comparação, com estações indo de Guarapari, no sul do Espírito Santo, ao arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia. “Serão coletadas amostras de água, sedimento e organismos vivos, como peixes, camarões e plâncton”, explica o analista ambiental do Tamar/ICMBio, Nilamon de Oliveira Leite Júnior.

Entre os objetivos desta 5ª expedição, segundo o professor do Departamento de Oceanografia da UFES, Alex Bastos, estão continuar avaliando o impacto causado pelos rejeitos de mineração em toda a área abrangida (ES/BA), caracterizando as principais mudanças causadas no ambiente marinho, apontando os possíveis impactos ambientais e norteando as medidas necessárias para proteção do ambiente.

Estas expedições já são parte do monitoramento de longo prazo que será realizado pelas universidades, através da Rede Rio Doce, constituída entre diversas universidades do ES, MG e outros estados, com orientação dos órgãos ambientais federais e estaduais, em parceria com a Fundação Renova.

Histórico das expedições

A primeira expedição foi feita a bordo do navio Vital de Oliveira, da Marinha, entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro de 2015, cinco dias após a lama chegar ao mar de Regência (ES).

A segunda expedição foi realizada pelo navio Soloncy Moura, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no período de 27 de janeiro a 2 de fevereiro de 2016.

Entre os dias 15 de fevereiro e 19 de fevereiro foi realizada a terceira expedição, a bordo do navio Antares, da Marinha, somente com uma equipe da Ufes.

A quarta expedição também foi realizada pelo navio Soloncy Moura no período de 19 a 30 de abril.

Pesca continua proibida

A pesca na região da foz do Rio Doce continua proibida, compreendendo a zona de amortecimento da Rebio Comboios, indo do norte do Espírito Santo de Degredo, em Linhares, até Barra do Riacho, em Aracruz, limitando-se à profundidade de 25 metros.

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