Fundação Renova

Remoção de famílias de Patrimônio da Lagoa é iniciada

Publicado em: 12/09/2019

Medida de precaução é necessária em função da análise dos laudos periciais realizados nos imóveis

 

A Fundação Renova informa que, em conjunto com a Defesa Civil de Sooretama (ES), deu início à remoção de sete famílias residentes em Patrimônio da Lagoa, no norte do Estado, nesta quinta-feira (12).

A remoção se mostrou necessária após a análise de laudos periciais realizados nos imóveis, por uma empresa contratada pela Fundação Renova, que apontaram riscos estruturais nas residências.

Apesar de cumprir o seu propósito inicial de evitar o contato das águas do rio Doce e da lagoa Juparanã, a presença do barramento no rio Pequeno pode ter agravado problemas preexistentes e recorrentes na região, como, por exemplo, os alagamentos. Sem o escoamento necessário por conta do barramento, a água acumulada chegou a entrar em propriedades rurais, casas e outros imóveis.

A Defesa Civil esteve na localidade para checar os danos estruturais apontados nos laudos periciais e já informou as famílias a respeito da necessidade de deixarem o imóvel como medida de precaução máxima.

As famílias foram orientadas pela Fundação Renova e serão acolhidas em nesse período emergencial. Inicialmente, as pessoas serão realocadas para hotéis localizados na sede de Sooretama, custeados pela Fundação Renova.

A Fundação Renova reitera o seu compromisso com a garantia da segurança das famílias.

 

Entenda o caso

Uma decisão judicial de 2015, logo após o rompimento da barragem de Fundão, determinou a construção de um barramento emergencial no rio Pequeno para impedir o contato das águas do rio Doce e da lagoa Juparanã. Apesar de temporário, o barramento permaneceu instalado, por força de seguidas determinações judiciais, o que agravou a ocorrência de alagamentos, já habituais na região.

Um canal ligando a lagoa ao rio Pequeno foi construído em 2018 para reduzir o nível da água na Juparanã.

O barramento de Linhares é monitorado diariamente, seguindo procedimentos de segurança e contingência. Além dos monitoramentos hidrométricos, realizados na região e em sete pontos da bacia do rio São José e na lagoa Juparanã, é realizado um checklist diário de monitoramento da estrutura do barramento e monitoramento complementar a laser.

A atuação da Fundação Renova para garantir a segurança de sua estrutura e das famílias em seu entorno é realizada por profissionais das áreas de Infraestrutura, Engenharia, Diálogo, Saúde, Proteção Social, Meio Ambiente, Segurança e Contingência.

 

Sobre a Fundação Renova

A Fundação é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar, com autonomia técnica, administrativa e financeira, os programas e ações de reparação e compensação socioeconômica e socioambiental para recuperar, remediar e reparar os impactos gerados a partir do rompimento da Barragem de Fundão, com transparência, legitimidade e senso de urgência.

A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.


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