Fundação Renova

Oficina de Avaliação de Unidades de Conservação discute reparação em Ipatinga

Publicado em: 05/02/2020

No encontro, foram apresentados os resultados do estudo em 13 áreas que vão ajudar na identificação de impactos

 

A Fundação Renova promoveu em Ipatinga (MG), nos dias 30 e 31 de janeiro, a Oficina de Avaliação de Unidades de Conservação (UCs) potencialmente impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. No encontro, foram apresentados os resultados do estudo de 13 Unidades de Conservação.

Os resultados que foram discutidos em Ipatinga fazem parte do levantamento que identificará possíveis impactos em 40 UCs em Minas Gerais, no Espírito Santo e sul da Bahia. O diagnóstico também prevê a implantação de ações de reparação.

Cerca de 50 profissionais participaram dessa oficina. Dentre eles, estão os gestores das Unidades de Conservação e pesquisadores, além de representantes da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CTBio), instituições governamentais e não-governamentais que possuem envolvimentos com as UCs em avaliação.

De acordo com Juliana Oliveira Lima, analista da Fundação Renova, o diagnóstico faz parte do programa que trata das Unidades de Conservação e que atende à cláusula 181 do Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC). “O intuito do programa é identificar os impactos nas Unidades de Conservação potencialmente afetadas pelo rompimento de Fundão e, posteriormente, implementar ações de reparação”, explica.

Juliana Lima também fez uma avaliação do evento. “Os participantes contribuíram de forma efetiva com informações sobre possíveis impactos do rompimento da barragem de Fundão para fechar um diagnóstico.”

Outras ações

Em 2019, foi aprovado pelo CIF o plano de trabalho apresentado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) para a consolidação do Parque Estadual do Rio Doce, a maior floresta tropical de Minas Gerais. A Fundação Renova, responsável pelas ações reparatórias e compensatórias dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, vai destinar recursos da ordem de R$ 63 milhões.

Será aplicada uma série de ações que vai desde o diagnóstico da estrutura física da unidade, a revisão do Plano de Manejo, a elaboração do Plano de Uso Público até a proteção física, combate a incêndios e contratação de mão de obra especializada.

As ações de consolidação do parque estão previstas na cláusula 182 do TTAC e fazem parte da ação compensatória.

O Parque Estadual do Rio Doce foi a primeira Unidade de Conservação criada pelo Estado, em 1944, e abrange o maior maciço florestal contínuo de mata atlântica de Minas Gerais, além de abrigar espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

“A Fundação Renova espera que, com o aporte de recursos, o Parque Estadual do Rio Doce continue cumprindo o seu destacado papel na produção de pesquisas científicas e produzindo conhecimento de qualidade. Além disso, as ações devem beneficiar as comunidades do entorno da unidade de conservação, ao aliar o desenvolvimento à preservação ambiental”, afirma Bruno Pimenta, líder de Biodiversidade da Fundação Renova.


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