As análises serão concluídas em abril e compartilhadas durante as reuniões de diálogo
Representantes dos povos Tupiniquim e Guarani, escolhidos pela própria comunidade, têm acompanhado o trabalho mensal de coleta e análise da qualidade das águas da região. Atualmente, os rios monitorados são o Piraque-Açu, o Guaxindiba e o Sahy, fundamentais para as comunidades Tupiniquim e Caieiras Velha II. Esse monitoramento garante a segurança e o abastecimento hídrico dessas comunidades.
“Além de legitimar os trabalhos de coleta e análise, a participação indígena é um facilitador. Agregamos um olhar mais aprofundado sobre o território e a natureza, somamos a inteligência indígena e científica e ganhamos em conhecimento e transparência”, afirma Eduardo Bustamante, da frente Povos indígenas e Comunidades Tradicionais, que, desde março, realiza esse trabalho.

Equipe da Fundação Renova faz o monitoramento da qualidade da água e conta com a participação dos povos Tupiniquim e Guarani. | Foto: Divulgação
As análises das coletas de março serão concluídas em abril. Os resultados serão compartilhados com as comunidades indígenas durante as reuniões de diálogo. A partir de maio, será realizado o monitoramento hídrico participativo no Rio Comboios e Córrego Caboclo Bernardo, na Terra Indígena Comboios, em Aracruz (ES).
Em abril, foram conduzidas reuniões para apresentação e validação do Plano de Trabalho do Estudo de Componente Indígena. Recomendado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), o estudo independente é ferramenta fundamental de mensuração dos impactos sociais, culturais, econômicos, ambientais e cosmológicos decorrentes do rompimento da barragem.