Fundação Renova

Jovens se mobilizam em Mariana para cuidar do planeta

Publicado em: 06/09/2017 Plantando pelo Planeta

Projeto Plantando pelo Planeta chega a Mariana-MG com a meta de plantio de 1 milhão de mudas nativas ao longo do Rio Doce.

Apesar da pouca idade, elas conseguem passar adiante ideias de sustentabilidade, cidadania e respeito ao meio ambiente. Os jovens e as crianças de hoje demonstram estar mais conscientes e dispostos a sensibilizar pessoas de diversas faixas etárias. E para incentivá-los como mobilizadores para a preservação ambiental que a Fundação Renova convidou crianças e adolescentes de Mariana (MG) para serem “Embaixadores da Justiça Climática de Mariana”, do projeto “Plantando pelo Planeta”.

O projeto Plantado pelo Planeta, iniciativa inédita em Minas Gerais, é uma parceria entre a Prefeitura de Mariana, a Fundação Renova e a Plant for The Planet, instituição criada na Alemanha e voltada para o reflorestamento, que surgiu em 2007 com o trabalho escolar de uma criança de 9 anos, Felix Finkbeiner. A meta é mobilizar crianças e jovens estimulando o plantio de um milhão de mudas nativas nas regiões impactadas ao longo do Rio Doce.

A missão começou no sábado (2 de setembro), na pista de caminhada “Alameda dos Inconfidentes”, entrada de Mariana. Os jovens participaram do plantio das primeiras 100 mudas de ipês amarelos e roxos que deverão crescer, num prazo de quatro anos, florir e dar um colorido ao espaço.

“Esse é um projeto que trata de maneira despretensiosa, mas, ambiciosa, da transformação do meio ambiente com o envolvimento das comunidades, principalmente, dos jovens.  O rio Doce precisa disso, não só pelo desastre que aconteceu, mas pelo que vinha acontecendo com ele também. É um projeto exemplo para o mundo”, disse o presidente da Fundação Renova, Roberto Waack, que considera que o início do Plantando pelo Planeta, por Mariana, é bastante simbólico.

PLANTANDO PELO MUNDO

Plantar árvore é uma atitude que traz mais benefícios ao planeta do que imaginamos. E a ideia de compartilhar isso com as crianças é uma forma educativa na formação dos valores e da cidadania. Aos 12 anos, Kaique Augusto Rosa, aluno da Escola Municipal Dom Luciano aprendeu bem essa lição. “É uma boa ação que ajuda o nosso planeta. As plantas liberam oxigênio e melhora o nosso ar”, disse Kaique. A estudante Jordane Karolayne, de 14 anos, da Escola Estadual Monsenhor Moraes, localizada no distrito de Furquim, ficou encantada com o projeto e disse que levará a ideia para sua comunidade. “Temos que cuidar do planeta que também é nosso”, disse.

A aluna da Escola Municipal Dom Oscar, Mariana Marçal, de 12 anos, resumiu o que, para ela, é a missão projeto. “Nossa missão agora é conscientizar as pessoas. Espero que muita gente queira participar conosco. Quanto mais árvores, mais oxigênio e melhor para o planeta. O que achei mais legal é saber que tudo isso começou a partir da ideia de um garoto de nove anos, que agora é um exemplo para a gente”, disse a estudante.

Além de Kaique, Mariana e Jordane, participam do projeto, em Mariana, 100 alunos das redes municipal estadual e particular de ensino, além de jovens de projetos sociais e as crianças de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. Eles também receberam o certificado de “Embaixadores da Justiça Climática”. A ideia é que os novos embaixadores mobilizem outros jovens sobre a importância de cuidar do planeta, incluindo os benefícios do plantio de árvores para a redução de gás carbônico (CO2).

SOBRE O PROJETO

O projeto “Plantando Pelo Planeta”, originalmente com nome de Plant for the Planet, começou em 2007, na Alemanha. A iniciativa é de um jovem estudante, Felix Finkbeiner, que na época tinha nove anos, e surgiu a partir da apresentação de um trabalho escolar sobre a crise climática no mundo. O garoto sugeriu que, para compensar as emissões de carbono, as crianças do planeta poderiam plantar árvores em seus países.

A ideia do jovem alemão ganhou o mundo. O site do projeto informa que há mais 100 mil crianças ao redor do planeta envolvidas no movimento. No Brasil, a iniciativa chegou em 2017 e Mariana foi a primeira cidade de Minas Gerais a recebê-la. A proposta da Fundação Renova é levar a iniciativa a outros municípios, com a meta de plantar um milhão de mudas de árvores nativas ao longo do trajeto impactado pelo rompimento da barragem de Fundão.

Plant for the Planet registra quase 15 bilhões de árvores plantadas pelo mundo, através de crianças e jovens que participam desta iniciativa. E há um desafio assumido em 2014 que é o compromisso de plantar um trilhão de árvores até 2030 no mundo inteiro, volume necessário à compensação do que será desmatado nesse período, segundo pesquisas.

Sobre a Fundação Renova

A Fundação Renova é uma instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em Mariana (MG), em novembro de 2015. Entidade privada, sem fins lucrativos, garante transparência, legitimidade e senso de urgência a um processo complexo e de longo prazo. A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.


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