Fundação Renova

Fundação Renova firma parceria para viabilizar projeto de produção de mel

Publicado em: 03/05/2018 Economia Local

Criação de abelhas nativas sem ferrão vai gerar renda a cerca de 120 pessoas dos distritos de Areal; Entre Rios; Povoação e Regência, no ES

Contribuição à recuperação ambiental, fortalecimento da meliponicultura familiar e geração de renda. Estas são algumas das diretrizes que norteiam o projeto “Meliponicultura na Foz” – iniciativa que promove a meliponicultura, criação racional de abelhas nativas sem ferrão-desenvolvida pela Associação dos Meliponicultores do Espírito Santo – AME-ES em parceria com a Fundação Renova, em distritos de Linhares, no Espírito Santo (ES).

Com investimento de mais de R$270 mil, o projeto começa a ser desenvolvido no dia 5 de maio e promoverá, em dois anos, a implantação dos meliponários e o acompanhamento a cerca de 120 pessoas dos distritos de Areal,Entre Rios,Povoação e Regência, para a produção de mel e derivados. A ação inclui ainda a realização de cursos, reuniões e palestras, com o objetivo de difundir as técnicas adequadas para a criação das abelhas sem ferrão e para coleta de mel. “O projeto é fruto de uma solicitação das comunidades. A Fundação Renova firmou um convênio coma AME-ES, que fornecerá consultoria, treinamento e instalação das estruturas necessárias para o cultivo das abelhas”, diz o líder de projetos socioeconômicos da Fundação Renova, Paulo Rocha.

As famílias que participarão do projeto são selecionadas pela AME-ES, que avalia as condições para que a meliponicultura seja exercida. “Primeiro fazemos contato com as lideranças das localidades para verificarmos o interesse da comunidade. Logo após, realizaremos o primeiro curso e visitaremos as casas das famílias, assim analisamos o interesse e as condições para receber as abelhas, inclusive sob o ponto de vista do espaço físico para a instalação das colônias”, diz a coordenadora do projeto da AME-ES, Adriana Pessotti Bastos.

Além de contribuir com aumento de renda familiar, o projeto visa acelerar a recuperação do meio ambiente, pois as abelhas são as maiores responsáveis pela polinização e contribuem com a biodiversidade local e, consequentemente, com uma regeneração mais rápida da flora. “As abelhas nativas sem ferrão são originárias do nosso ecossistema e são muito mais eficientes na polinização das nossas matas que as abelhas exóticas. Elas são mais adaptadas biologicamente às nossas flores, assim, as fertilizam com mais facilidade e eficiência, acelerando o processo de recuperação ambiental”, explica Adriana Pessotti.

No primeiro ano de implantação do projeto, são realizados cursos e treinamentos para capacitar as famílias na criação das abelhas nativas. Haverá também o fornecimento de materiais e ferramentas para a instalação e manejos dos meliponários, onde ficam instaladas as colônias das abelhas sem ferrão. No ano seguinte, acontece o acompanhamento e manejo dos meliponários, visando, inclusive, a produção de mel.


Compartilhar: