Objetivo é ampliar as discussões sobre as questões de saúde e viabilizar soluções junto aos municípios afetados pelo rompimento de Fundão (MG)
Para discutir questões relacionadas à saúde física e mental das comunidades atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão, a Fundação Renova, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e prefeituras envolvidas, criou o “Fórum Estadual de Discussão Sobre os Impactos e Necessidades de Saúde da População Atingida Direta ou Indiretamente pelo rompimento da Barragem de Fundão”. O primeiro encontro aconteceu na tarde desta quarta-feira (02), no auditório da Sesa, na Enseada do Suá, em Vitória.
O objetivo do fórum é ampliar as discussões sobre as questões de saúde pós-rompimento em Mariana e, a partir desse entendimento, atender os prejuízos que podem ser relacionados ao acidente e viabilizar soluções junto aos municípios. A criação do fórum também marca o lançamento do Programa de Saúde Física e Mental no Espírito Santo.
Foram convidados para o encontro representantes de Fundão, Serra, Colatina, Baixo Guandu, Marilândia, Aracruz, Linhares, Conceição da Barra e São Mateus. “Precisamos de um espaço para conversar sobre o que a lama tem e o que ela traz, e como os municípios podem trabalhar nesse sentido. Esse primeiro encontro será para estabelecer o fórum, que será mantido como um espaço de gestão”, disse Gilsa Rodrigues, gerente da Vigilância em Saúde da Sesa.
Para o especialista de Programa Socioeconômico da Fundação Renova, Wagner Elisio Tonon, o momento é de aproximação entre a Fundação e os gestores e equipes técnicas dos municípios. “Estamos fortalecendo os canais de comunicação e participação para nos aproximarmos o máximo possível dos municípios e da população efetivamente atingida, explicando qual é a metodologia que está sendo utilizada nos estudos, o que nós esperamos de resultado, esclarecendo as responsabilidades da Renova para com a reparação e os atingidos”.
Programa
O programa de Saúde Física e Mental vai identificar e monitorar os problemas de saúde predominantes e situações de risco decorrentes do rompimento da barragem, além de prestar apoio técnico à elaboração e implantação do Protocolo de Monitoramento da população exposta.
Serão definidas e implementadas, de acordo com um Plano Operativo fundamentado em evidências, em conjunto com os gestores dos sistemas públicos de saúde, ações de apoio ao enfrentamento das possíveis consequências físicas e mentais e propostas para garantir o bem-estar dos atingidos.
“A Fundação trabalha para elaborar um estudo epidemiológico e toxicológico que irá identificar o perfil das comunidades, de Mariana até a foz do Rio Doce, antes e após o rompimento, a fim de avaliar os riscos e suas correlações. A partir do resultado das pesquisas é que serão efetivamente estruturados os planos de reparação”, explicou o especialista de programa Socioeconômico, Wagner Elisio Tonon.