Fundação Renova

Especialistas discutem diretrizes para o plano de manejo dos rejeitos da bacia do rio Doce

Publicado em: 25/01/2017 Manejo de Rejeitos

Fundação Renova promoveu workshop que contou com a participação de especialistas nacionais e internacionais, órgãos ambientais para debater e definir o plano de ação sobre a destinação do material proveniente do rompimento da barragem de Fundão

O workshop “Manejo de Rejeitos”, promovido pela Fundação Renova durante os dias 24 e 25 de janeiro, traçou as primeiras diretrizes para o plano de manejo dos rejeitos da bacia do rio Doce. Especialistas nacionais e internacionais e órgãos ambientais trabalharam em conjunto para produzir o material, fruto de debates e da troca de conhecimento entre os participantes.

Diante da complexidade do rompimento da barragem de Fundão, é necessária uma construção conjunta para definir as melhores decisões a serem tomadas em relação ao manejo do rejeito. As discussões, durante o workshop, giraram em torno das possibilidades de solução, que vão desde a estabilização do rejeito até sua retirada total, culminando com a implantação de técnicas de recuperação das áreas.

Hoje (25), os participantes se dividiram em cinco grupos de discussão para tratar dos seguintes temas: Divisão Espacial, Avaliação de Impactos das Alternativas, Aspectos Socioeconômicos, Risco Ecológico e à Saúde Humana, Uso e Ocupação do Solo, Alteração do Regime Fluvial, Turbidez da Água, Características Químicas, Biodiversidade e Recuperação Ambiental.

Em janeiro, a Fundação Renova apresentou um ofício junto aos órgãos públicos no qual propõe a retirada de 11 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Essa é uma das etapas do manejo do total de 20 milhões de metros cúbicos depositados na área entre a barragem de Fundão (Mariana/MG) e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Rio Doce/MG). Os primeiros 11 milhões de metros cúbicos que serão retirados estão distribuídos da seguinte forma: 10 milhões de metros cúbicos estão na área da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Rio Doce/MG), 900 mil metros cúbicos ficam na comunidade de Bento Rodrigues (Mariana/MG) e 170 mil metros cúbicos já foram retirados de Barra Longa (Mariana/MG).

O volume restante, de aproximadamente 9 milhões de metros cúbicos, referentes à região localizada entre a barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, somados ao volume de todas as outras áreas afetadas nos 650 quilômetros ao longo da bacia do rio Doce, serão incorporados neste plano de manejo. O plano seguirá em elaboração pelos especialistas e órgãos ambientais durante os próximos 45 dias.

Neste primeiro workshop, participaram da elaboração representantes da Fundação Dom Cabral, técnicos da Renova, representante das câmaras técnicas do Comitê Interfederativo, consultores e acadêmicos que são referências em suas áreas de atuação e órgãos ambientais. Até a conclusão – em 45 dias -, novos encontros serão realizados para ampliar as visões e aprimorar o debate.


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