A Fundação Renova informa que segue com as ações previstas no plano de contingência, que prevê a remoção das famílias residentes na avenida Beira-Rio, em Linhares. Das 32 famílias que residiam no local, 27 famílias continuam em hotéis, 3 permanecem no local e 2 famílias estão em casas de parentes.
A Fundação Renova se comunica diariamente com os órgãos para atualizá-los sobre o número de famílias resistentes no local.
Pelo fato de a Fundação não dispor do poder de polícia e segurança, inerente aos órgãos públicos, para atuar junto às famílias que se mostraram resistentes a evacuar a área de risco, a Fundação Renova formalizou o pedido de apoio aos órgãos para atuarem de acordo com suas competências legais perante a situação.
A remoção
A remoção das famílias para moradias provisórias é uma medida de precaução máxima em função dos resultados de estudos realizados por uma consultoria técnica especializada, que apontaram riscos estruturais no barramento construído para proteger a lagoa Juparanã da passagem do rejeito pelo rio Doce, em 2015, atendendo a uma determinação judicial.
As famílias foram comunicadas, orientadas e estão sendo atendidas com transporte, alimentação, hospedagem, ambulância e demais demandas e necessidades com o acompanhamento da equipe de Diálogo, Proteção Social e Direitos Humanos. A Renova também disponibilizou atendimento psicossocial com uma equipe multidisciplinar composta por psicológicos e assistentes sociais. Além disso, os animais domésticos que viviam com os moradores foram encaminhados para clínicas veterinárias especializadas para garantir a saúde animal.
As medidas contam com o apoio da Defesa Civil Municipal, Defesa Civil Estadual e do Corpo de Bombeiros e são acompanhadas pela Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo.
A Fundação Renova reitera o seu compromisso com a garantia da segurança, bem-estar das famílias e trabalha em conjunto com o poder público na definição de estratégias para a realocação dessas famílias para moradias provisórias. Os casos estão sendo avaliados individualmente de acordo com a necessidade e considerando o menor impacto possível.
Entenda o caso
Uma decisão judicial de 2015, logo após o rompimento da barragem de Fundão, determinou a construção de um barramento emergencial para impedir o contato das águas do Rio Doce e da lagoa Juparanã. Apesar de temporário, o barramento permaneceu instalado, por força de seguidas determinações judiciais, o que agravou a ocorrência de alagamentos, já habituais na região.
Um canal ligando a lagoa ao rio Pequeno foi construído em 2018 para reduzir o nível da água na Juparanã. Para enfrentar o último período chuvoso, este canal foi ampliado em 22 de setembro de 2018 e, em caráter de prevenção, as 56 famílias residentes na avenida Beira-Rio foram removidas temporariamente.
O barramento de Linhares é monitorado diariamente, seguindo procedimentos de segurança e contingência.
A atuação da Fundação Renova para garantir a segurança de sua estrutura e das famílias em seu entorno é realizada por profissionais das áreas de Infraestrutura, Engenharia, Saúde, Proteção Social, Meio Ambiente, Segurança e Contingência. Além dos monitoramentos hidrométricos realizados na região e sete pontos da bacia do rio São José e Lagoa Juparanã, é realizado checklist diário de monitoramento da estrutura.