Fundação Renova

Programa de inseminação artificial promove melhoria genética em gado de propriedades atingidas

Publicado em: 28/02/2018

Operações Agroflorestais

O Renova Rebanho irá atender 253 propriedades rurais localizadas entre Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga)

A melhoria genética do rebanho bovino das propriedades rurais em municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão está entre os trabalhos executados pela Fundação Renova. A meta é aumentar a produção de leite, aliando a tecnologia da inseminação artificial com técnicas de manejo.

O diagnóstico relacionado à assistência técnica teve início em agosto de 2017. Entre outubro e novembro, o trabalho começou a ser divulgado. Os pecuaristas interessados entram em contato com as equipes da Fundação Renova e um veterinário faz uma avaliação para definir as fêmeas aptas para receber a inseminação. A adesão ao programa, batizado de Renova Rebanho, é voluntária e não há limite de animais por propriedade. No entanto, as fêmeas devem apresentar idade adequada, boas condições de reprodução e sanidade.

A meta do Renova Rebanho é aumentar a produção de leite, aliando a tecnologia da inseminação artificial com técnicas de manejo| Foto: Gustavo Baxter / NITRO

Segundo o líder de operações agroflorestais da Fundação Renova, Giorgio Vieira Peixoto, a princípio, o Renova Rebanho vai atender 253 propriedades rurais localizadas entre Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga). São os proprietários rurais que escolhem as raças para a inseminação de suas matrizes. São disponibilizados sêmens de gado holandês, girolando, gir e jersey. A aptidão do rebanho já existente, as condições da região da fazenda e necessidade ou não de mais rusticidade interferem na escolha.

O produtor rural Leonardo José de Castro, do Sítio Moinho, localizado no distrito de Barreto, em Barra Longa (MG), optou pela raça girolando. “É mais adaptável para o clima daqui”, explica. De suas 30 matrizes, nove estavam aptas para a inseminação. Para ele, o programa é extremamente positivo e vai melhorar a qualidade do gado de toda a região, tanto para leite quanto para corte, tendo em vista a possibilidade de nascerem bezerros. Em sua propriedade, ele acredita em uma alta de 20% na produção de leite, a partir da melhoria da condição genética das vacas. “E quero continuar no programa e inseminar mais vacas para ter um resultado ainda melhor. É uma ação positiva e boa para todo mundo”, reforça.

Segundo Isabela Guimarães, zootecnista e analista de operações florestais da Fundação Renova Isabela Guimarães, os interessados na inclusão de matrizes no programa devem entrar em contato com as equipes de diálogo ou de campo para fazer a solicitação. O pedido também pode ser feito a partir de ligação para o 08000-312303. “A aceitação tem sido muito boa. Todos os dias temos proprietários novos que querem participar do Renova Rebanho”, afirma. De acordo com Isabela, depois da seleção das fêmeas aptas para inseminação, ela conta que um veterinário vai até a fazenda para fazer um exame ginecológico nas vacas e aplicar um hormônio, que estimula a entrada no cio no mesmo período. Cerca de 10 dias depois é feito o trabalho de inseminação.

Como os bezerros e bezerras vão nascer cerca de nove meses depois, ainda é cedo para mensurar os resultados do programa. “Mas a expectativa é de que as filhas produzam mais leite do que suas mães”, explica Isabela Guimarães. Neste caso, como a produção de leite de cada bezerra só terá início a partir de três ou quatro anos, o processo de melhoramento genético só poderá ser visto no médio prazo. Paralelamente, para contribuir com a melhoria de produtividade das propriedades, é executado trabalho de assistência técnica, para definição de metas e melhoria de técnicas de manejo. Todo o trabalho é feito com a participação efetiva dos pecuaristas.

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