Seguindo o Plano Cultural, o encontro “Memórias Afetivas e Reencontros” reuniu mais de 180 pessoas
O primeiro encontro do ano realizado com as famílias de Paracatu de Baixo reuniu mais de 180 pessoas no domingo, 29 de janeiro. Produzido em cooperação técnica com a UNESCO, o evento “Memórias Afetivas e Reencontros” é uma das ações previstas no Plano Cultural, promovido pela Fundação Renova com objetivo de incentivar a comunidade a resgatar memórias e histórias que ajudem a pensar o futuro que desejam para o distrito.
O Plano Cultural, elaborado em cooperação técnica com a Unesco, junto com a Comissão de Atingidos e as lideranças ligadas à cultura, foi desenvolvido por meio de diálogo, opiniões e expectativas para as ações. As atividades acontecerão todo mês e contribuirão para reforçar os laços entre os futuros moradores e o distrito. “É importante destacar que o Plano foi construído respeitando as manifestações e referências da comunidade”, ressalta João Fernandes, consultor da UNESCO.
O evento teve a participação do historiador Bernardo Andrade, que contou histórias antigas de Paracatu de Baixo, conectando as diversas atividades programadas para o dia. A primeira delas foi um café da manhã patrimonial, preparado pela comunidade com as quitandas mais presentes nas mesas das famílias da região, como queijo, biscoitos, bolos e cuscuz, proporcionando um resgate das tradições.
Na sequência, enquanto as crianças se divertiam com inúmeras brincadeiras lúdicas, pula-pula e piscina de bolinha, os adultos participavam do tradicional bingo. Para representantes da comunidade o jogo é muito significativo, pois, em Paracatu de Baixo de origem, essa era uma atividade que acontecia com frequência e com intensa participação dos moradores.
Depois de algumas rodadas de bingo, que premiou os vencedores com produtos que remetem às conexões dos moradores de Paracatu de Baixo com os distritos vizinhos de Ponte do Gama, Furquim e Monsenhor Horta, as famílias participaram de uma dinâmica para coletar contribuições na formação histórica de Paracatu de Baixo e do sítio arqueológico.
“A proposta para sugestão de nomes é uma necessidade de entender qual seria a forma mais adequada de se referir ao reassentamento. Diante desse cenário, a atividade foi pensada para que a comunidade pudesse se manifestar. É importante lembrar que não se trata de deliberar sobre um nome, mas um primeiro exercício de reflexão e até compreender como as pessoas já se referem ao local”, ressalta Neide Mayumi Osada, especialista em sustentabilidade social da Fundação Renova.
De acordo com a especialista, vários nomes foram sugeridos pelas famílias, e esse é um primeiro passo para que a comunidade se aproprie do local de maneira afetiva.
Para encerrar o domingo, foi servido um almoço com comidas típicas da região.
“Foi um momento muito bom. A gente pôde reencontrar as pessoas e rever o lugar onde vamos morar. As crianças também brincam, o que não acontece em Mariana. Aqui, eles se reencontram, brincam e se acostumam com o lugar onde vão viver”, é assim que a moradora Viviana Auxiliadora Gonçalves define o primeiro encontro do ano.
Álbum de figurinhas de Paracatu de Baixo
Durante o encontro, as crianças receberam um álbum de figurinhas do distrito de Paracatu de Baixo. O livro traz informações e curiosidades sobre como serão os bens de uso coletivo, como a escola, o posto de serviços, o posto avançado de saúde, o salão comunitário, entre outros, além de jogos educativos. No álbum, está presente um mapa com a localização de cada equipamento público e um espaço para as figurinhas especiais. As figurinhas, quando coladas, formam o projeto 3D dos bens coletivos, feito pelos arquitetos e apresentado à comunidade. Dessa forma as crianças vão se familiarizando com o novo local e as novas estruturas.
Lucilene dos reis Felipe
Um lindo trabalho, que faço mas família feliz parabéns a fundação renova, Tudo tem seu recomeço.