Fundação Renova

Famílias de Paracatu de Baixo escolhem como querem chamar o reassentamento

Publicado em: 09/05/2023

Reassentamento , Território de Mariana

Em assembleia, a comunidade também escolheu os nomes para sete bens coletivos e cinco ruas 

A construção do reassentamento coletivo de Paracatu de Baixo passou por várias fases, todas feitas com a participação das famílias. Na assembleia comunitária, realizada no dia 16 e organizada pela Comissão de Atingidos da comunidade, mais de 150 pessoas estiveram presentes. O evento na quadra da escola de Ensino Infantil teve como objetivo votar o nome para o reassentamento, que passou a se chamar Paracatu, além de nomear sete bens de uso coletivo e cinco ruas que antes não existiam na área de origem. 

“Foi votado e o reassentamento deixa de ter esse nome. Agora é Paracatu. Esse nome foi escolhido para não perdermos o laço que temos com Paracatu que foi atingido. A votação foi boa e o nome escolhido foi melhor ainda”, destacou Romeu Geraldo de Oliveira, presidente da Associação de Moradores de Paracatu.   

Já os bens de uso coletivo, a comunidade nomeou da seguinte forma:

  • Campo de futebol levará o nome de Isolina das Dores Isaías, 
  • Capela do cemitério levará o nome de Capela das Rosas, 
  • Quadra poliesportiva levará o nome de Starlino das Graças Gonçalves, 
  • Salão comunitário levará o nome de Laura Barbosa, 
  • Sítio arqueológico levará o nome de Josino Batista Carneiro, 
  • Posto avançado de saúde levará o nome de Ana Lucia da Silva, 
  • Posto de serviços terá o nome de Antônio José da Silva. 

As ruas, que antes eram chamadas de 1, 2, 3, 4 e acesso novo, foram nomeadas como Rua Maria Benigna, Rua Alexandre Gonçalves, Rua Henriqueta Batista, Rua Pedro Celestino e Avenida José Patrocínio, respectivamente.  

Os nomes escolhidos são homenagens às pessoas da comunidade que hoje não estão mais entre eles e que contribuíram para a cultura e história de Paracatu, como José Patrocínio, o Seu Zezinho. “É muita alegria. Ele faleceu, mas deixou muitas lembranças e trabalhos culturais, como a Folia de Reis. Com essa homenagem, toda vez que a pessoa olhar para a placa e ver o nome dele, tenho certeza de que alguém vai falar o motivo. Não por ser meu pai, mas foi uma pessoa muito especial na nossa comunidade de Paracatu de Baixo” disse sua filha, Maria Geralda Oliveira da Silva.  

Para Alessandra Kelly Belmonte, analista de diálogo, a participação das famílias na assembleia foi fundamental. “Considerando a proposta de engajamento da comunidade para a ocupação do novo distrito, a participação das famílias na escolha dos nomes foi importante para garantir a participação popular, controle social e auxiliar no desenvolvimento do sentimento de pertencimento daquelas pessoas que, em breve, estarão morando no local. Além do engajamento, é a oportunidade de materializar as lembranças individuais de forma coletiva, homenageando pessoas que são referências para a comunidade”, destacou.  

Agora, os futuros moradores de Paracatu aguardam por um Projeto de Lei, que deve ser apresentado e votado pelos vereadores de Mariana, para que os nomes escolhidos sejam, de fato, validados. “A Câmara vai fazer o Projeto de Lei onde iremos conclamar a vontade deles”, destacou Fernando Sampaio, presidente da Câmara de Vereadores de Mariana. 

Enquanto a votação acontecia, as crianças se divertiram com brincadeiras pensadas para elas em um espaço que logo será ocupado por todas, a Praça Santo Antônio. E para encerrar o evento, além de aproveitar o encontro para colocar a conversa em dia e matar a saudade dos vizinhos e amigos, foi servido um almoço e houve um sorteio de duas cestas de Páscoa.  

Paracatu é realidade

Além da infraestrutura executada, como pavimentação das ruas, redes de água, de esgoto e de energia elétrica e sistema de drenagem das chuvas, até março deste ano, as escolas de Ensino Infantil e Fundamental, a Praça Santo Antônio, a igreja Santo Antônio, a Casa São Vicente, o cemitério, as estações de tratamento de água e esgoto (ETA e ETE), o posto avançado de saúde, o posto de serviços, o salão comunitário, a praça das Mangueiras (sítio arqueológico) e a quadra poliesportiva estavam com obras iniciadas. 

Além disso, 45 imóveis, sendo 43 casas, 1 comércio e 1 misto (casa e comércio), tiveram suas obras finalizadas até o dia 31 de março deste ano. Com todas essas etapas concluídas, a família que desejar pode planejar a mudança para o seu novo lar. E para que esse momento seja seguro e organizado, a Fundação Renova e a Prefeitura de Mariana estão trabalhando juntas para que os serviços essenciais estejam funcionando, como: 

  • Limpeza urbana e coleta de lixo: A Prefeitura de Mariana vai realizar a varrição no distrito, com o apoio da Fundação Renova. A coleta de lixo vai acontecer de acordo com o cronograma que está sendo elaborado e que será divulgado aos futuros moradores.
  • Segurança pública e patrimonial: Além das câmeras de segurança que serão instaladas em Paracatu, a Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e outros agentes de segurança pública farão o patrulhamento preventivo nas ruas e terão uma sala exclusiva no Posto de Serviços. A segurança das casas, dos bens de uso coletivo e das obras será reforçada assim que as primeiras famílias se mudarem. 
  • Telefone e internet: Em Paracatu terá sinal de celular da Vivo. Já o serviço de internet será oferecido pela Valenet, que está instalando uma nova rede com cabos que garantem mais velocidade nas conexões. Cada casa terá um plano de 300 mega de internet e os primeiros 12 meses serão pagos pela Fundação Renova.

As famílias do distrito serão informadas sobre as atualizações de funcionamento desses e de outros serviços pelo WhatsApp, Informe de Paracatu e por ligação telefônica. 

Para acompanhar a evolução de Paracatu, acesse: https://www.fundacaorenova.org/reassentamentos/paracatu-de-baixo/

Assembleia de Nomeação de Paracatu

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