Fundação Renova

Nota de esclarecimento

Publicado em: 10/08/2018 Manejo de Rejeitos

A Fazenda Floresta, localizada a 3 km da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (UHE) – conhecida como Candonga – em Rio Doce (MG), passa por uma série de intervenções para receber os rejeitos que vazaram da barragem de Fundão (Mariana-MG), em 2015.

No dia 25 de maio, durante uma escavação preparatória para a construção do dique intermediário, na Fazenda Floresta, a Fundação Renova detectou o deslizamento de parte do talude esquerdo. A movimentação se deu em decorrência da acomodação natural do terreno onde ele se encaixa. Como a estrutura se encontrava em fase inicial de construção, não contém rejeitos, apenas pedras, areia e terra provenientes do solo. O dique não tem nenhuma relação com as estruturas da hidrelétrica.

O dique intermediário faz parte de uma série de intervenções que estão sendo implementadas para o transporte dos rejeitos dragados do reservatório de Candonga, entre elas, as bacias 1 e 2 e um dique principal. A estrutura foi projetada para uma das etapas operacionais da dragagem. A princípio, o rejeito será bombeado para este dique e, posteriormente, dragado para a estrutura principal. Em seguida, será removido com caminhões para pilhas de estocagem a seco. Os efluentes vão passar por tratamento para que tenham destinação ambiental correta.

Assim que o deslizamento foi detectado, a área da obra foi isolada e o acesso passou a ser controlado segundo novos parâmetros de segurança. Radares com transmissão via satélite monitoram, 24 horas por dia, eventuais movimentos de terra no talude. Está em curso um conjunto de estudos com grupo de especialistas técnicos para que seja implantada a melhor solução. Se for necessário, o dique intermediário será eliminado do processo de bombeamento do material dragado.

Com apoio de técnicos especializados, estão em investigação soluções para a estabilização do terreno. A movimentação do talude foi reportada à Câmara Técnica de Gestão de Rejeitos e Segurança Ambiental, formada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad-MG), Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e secretarias municipais. A situação é acompanhada mensalmente por auditoria independente do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A questão foi formalmente apresentada às comunidades do entorno.

O trabalho, fundamental para viabilizar o retorno das operações da usina geradora de energia, prevê a dragagem de cerca de 1 milhão de metros cúbicos, depositados nos primeiros 400 metros do reservatório de Candonga. Considerando o que já foi bombeado como medida emergencial até o momento, o volume dragado deve chegar a 2 milhões de m³. Obras de contenção de encostas e de drenagem para disciplinar as águas pluviais e diminuir a erosão nas áreas nos períodos chuvosos também foram executadas logo após o rompimento de Fundão.

O rejeito proveniente da dragagem será depositado em pilhas e passará por análises e recuperação ambiental. Os efluentes serão tratados e vertidos, limpos, para o rio, conforme a legislação vigente.

O início do bombeamento para a Fazenda Floresta está previsto para 2019. Estima-se que, até 2020, a dragagem seja concluída. Ao fim do procedimento, a propriedade será reflorestada.

O andamento do trabalho é de conhecimento de todos os órgãos competentes – Ibama, Ministério Público, órgãos municipais, estaduais e federais.


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